What is it about?

A área de governança global do clima é definida por dois vetores básicos: poder e compromisso climático. O primeiro faz referência ao impacto de certos atores com capacidades suficientes para influenciar o social outcome climático. O segundo considera como a lógica da governança na área é definida pela dialética entre forças que assimilam o problema climático como crise civilizatória – reformistas – e forças que resistem às transformações necessárias para estabilizar o sistema climático – conservadoras. Neste artigo, usamos essas duas categorias para responder a pergunta sobre o papel do Brasil na estrutura de governança global de clima, e afirmamos que, a partir de meados da década passada, o país atravessou um processo de mudanças que o levou da condição de uma grande potência conservadora para uma posição de conservadorismo moderado. Essa transição se sustentou em três pilares básicos, diferentes: a trajetória decrescente das emissões de gases de efeito estufa (GEE), a adoção de políticas climáticas domésticas e a mudança do perfil internacional de negociação. O objetivo deste artigo é abordar essa transformação – drástica e inesperada – e avaliar suas perspectivas – na medida em que é inconclusa é incerta.

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Why is it important?

A partir de meados da década passada, o Brasil iniciou um processo de profunda mudança que o levou de um agente conservador na área de governança global de clima para uma posição de conservadorismo moderado. Essa transição se sustentou em três pilares básicos, distintos, porém profundamente interdependentes: a trajetória decrescente das emissões de gases de efeito estufa (GEE), a adoção de políticas climáticas domésticas e a mudança do perfil internacional de negociação. No entanto, a partir de 2011, o impulso reformista foi desacelerando e finalmente estagnou nos três pilares, embora em graus diversos de intensidade para cada um deles.

Perspectives

O movimento que tornou o Brasil um agente mais comprometido com a governança global do clima entre 2005 e 2012 foi drástico e inesperado, mas também incompleto e incerto, mostrando-se estagnado nos últimos dois anos do período.

Professor Eduardo Viola
University of Brasilia

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This page is a summary of: Brasil na governança global do clima, 2005-2012: a luta entre conservadores e reformistas, Contexto Internacional, June 2013, FapUNIFESP (SciELO),
DOI: 10.1590/s0102-85292013000100002.
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